Importância de monitorar durante a anestesia
A monitorização é algo que deve ser feito em todos os pacientes anestesiados e é definido como o ato de vigiar, observar ou verificar. Independente do estado físico do animal devemos ter o cuidado de monitorar, mesmo em procedimentos mais simples. (FANTONI & CORTOPASSI apud NUNES, 2002)
O emprego de vários métodos de monitorização é justificado pelo aumento do fator segurança da anestesia, pois permite identificação a tempo de uma eventual alteração fisiológica que coloque em risco a vida do animal. (FANTONI & CORTOPASSI apud NUNES, 2002)
Durante a monitorização devemos eficientemente avaliar a circulação do paciente, a oxigenação tecidual, a ventilação e a temperatura de forma a identificar e registrar todas as funções fisiológicas do animal. (SOFAL, 2010)
Como os anestésicos interferem na função cardiorrespiratória e neuronal, os sinais físicos correspondente a essas funções devem ser priorizados quando se está monitorando o paciente anestesiado. No monitoramento devemos nos ater em determinar o grau de anestesia ou profundidade anestésica que o paciente está sendo submetido. (NATALINI, 2007)
Monitoramento da temperatura durante a anestesia
A hipotermia é considerada uma das complicações mais comuns no período pré, trans operatório e na recuperação pós operatório. A hipotermia pode levar diversas complicações deletérias ao organismo, como arritmias, acréscimo do consumo de oxigênio, aumento do tempo de recuperação anestésica, bradicardia, com possível queda da pressão arterial e hipoperfusão tecidual. Dentre os diversos órgãos afetados, o sistema nervoso central pode ser o mais afetado em razão da isquemia e da redução do fornecimento de oxigênio.
O animal pode desenvolver insuficiência renal aguda devido à isquemia causada pela hipotermia. As conseqüências sistêmicas da hipotermia prolongada grave são acidose metabólica devido à formação de ácidos láticos, arritmias atriais, arritmias ventriculares, hipocalemia, hipercalemia, hiponatremia, hipernatremia, aumento da viscosidade do sangue, depressão do funcionamento do miocárdio, alterações da coagulação, hiperglicemia precoce devido ao aumento do cortisol e atividade simpática, além do aumento as insulina e depleção do glicogênio hepático, podendo levar o animal a óbito no trans operatório, no pós operatório recente ou dias após devido a lesões dos órgão vitais causados pela isquemia . A temperatura corporal é monitorada com termômetros eletrônicos posicionado no esofágico do paciente e outro no reto do animal para determinar a temperatura retal.
Durante as minhas anestesias utilizo a monitorização constante da temperatura corporal a fim de prevenir e tratar a hipotermia quando ocorrer. São utilizados equipamentos e técnicas a fim de perder o mínimo possível de calor e prevenir ou minimizar essas complicações indesejáveis.
Monitoramento dos planos anestésicos (depressão do sistema nervoso central)
A anestesia geral, por produzir depressão do sistema nervoso central, caracteriza-se por sinais físicos e clínicos que podem ser utilizados pelo anestesista como fonte de informação no monitoramento anestésico, onde fornecerá informações sobre o grau de profundidade anestésica. (NATALINI, 2007)
A monitorização é de fundamental importância para a condução segura do procedimento anestésico, onde o anestesista deve estar atento aos sinais físicos da profundidade anestésica e intervir antes que o paciente passe a um grau tal de depressão que comprometa suas funções fisiológicas. (NATALINI, 2007)
Para pode avaliar o plano anestésico e a profundidade anestésica do animal é utilizado o critério clássico e útil indicado por Guedel para o éter, onde com o passar dos tempos, foi adaptado para outros anestésicos, quer voláteis, como os barbitúricos. (MASSONE, 2003)
O veterinário que anestesia o animal estará durante todo procedimento verificando e submetendo o animal no plano que julgar mais indicado para cada situação.
Monitorização da freqüência, ritmo do coração e qualidade (força) do pulso
em manutenção...